A Freguesia de Soure é a maior do Concelho, ocupa uma área de 92,3 Km2 e alberga um terço da população total, 7.466 habitantes. Não se pode dissociar a história desta freguesia da do restante Concelho.

A confluência de rios, Anços e Orão (seu afluente) e o Arunca criou condições naturais excelentes para a fixação das populações; por isso, chegaram até nós testemunhos de aglomerados populacionais, um dos quais conhecido (o Crasto), remontando à Idade do Ferro. Do período de ocupação romana, poderemos ver algumas peças que se encontram expostas no Museu Municipal: um monumento funerário do século I depois de Cristo, um sarcófago e um marco miliário.

Podemos afirmar, com alguma segurança, que a fundação de Soure é anterior à nacionalidade uma vez que D. Henrique e D. Teresa, pais de D. Afonso Henriques, outorgaram foral à população de Soure, em Junho de 1111. O Castelo, que defendia, pelo Sul, a cidade de Coimbra, datará da segunda metade do século anterior (cerca de 1064).

A importância geo-estratégica e económica de Soure, fizeram do Concelho uma importante comenda da Ordem de Cristo. Até nós chegaram alguns importantes vestígios dessa época áurea, de que são exemplo o já referido Castelo, as ruínas da Igreja de Nossa Senhora de Finisterra, a Igreja de São Tiago e a Capela de São Mateus e a Levada dos Novos.

Outrora predominantemente agrícola, o aparecimento de algumas indústrias transformaram o tecido sócio-económico da Freguesia. Soure, oferece, para além das magníficas paisagens naturais, uma riquíssima e variada gastronomia: migas com bacalhau, cabra estufada e os rojões com batata cozida ou o chouriço e morcela assada, são pratos imperdíveis. Na doçaria, o pão-de-ló de Soure, os suspiros e os biscoitos de azeite, são iguarias irrecusáveis cujo início da sua confecção se perde no tempo.

Hoje, a Freguesia de Soure, nos seus muitos lugares, conta com inúmeras associações ocupando uma população diversificada em múltiplas actividades culturais, recreativas e desportivas.